O Maranhão registrou o primeiro caso de morte por dengue no ano de 2024. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o paciente que veio a óbito pela doença era morador de São Luís. Além dessa, outras 10 mortes estão em investigação, de acordo com o informe semanal do Programa Estadual de Controle das Arboviroses.
Os óbitos que estão sob investigação ocorreram nas cidades de Arari, Bela Vista do Maranhão, Brejo, Itapecuru-Mirim, Lago da Pedra, Pinheiro e São Luís. Em todo o Estado, há 1.643 casos prováveis de dengue e 573 casos confirmados. Dos 217 municípios, 61 municípios têm casos confirmados e 129 têm casos prováveis da doença.
Em Imperatriz, foram cerca de 10 casos confirmados até agora em 2024, número considerado baixo. Desse total, 2 casos foram de dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença. Apesar dos números na região tocantina não serem tão altos, a preocupação segue por causa do período chuvoso, que deve se intensificar neste mês de março.
Os principais sintomas relacionados à dengue são febre alta de início repentino, dor atrás dos olhos, mal estar, prostração e dores no corpo. O vírus da dengue pode ser transmitido ao ser humano principalmente pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas.
A melhor forma de prevenção contra a dengue é evitando a proliferação do mosquito. Para evitar isso, é necessário eliminar objetos que acumulem água e são potenciais criadouros, fazendo vistorias regulares em recipientes que armazenam o líquido, como caixas d’água. Além disso, o repelente é uma outra opção de evitar a doença.
AUTOMEDICAÇÃO PODE PIORAR CASOS DE DENGUE:
A farmacêutica, coordenadora do curso de farmácia da Wyden e professora do IDOMED, Rayssa Castro Bueno, faz o alerta quanto à automedicação, já que alguns remédios são contraindicados em caso de suspeita de dengue.
“A automedicação é o ato de as pessoas tomarem medicamento sem a devida orientação médica ou farmacêutica. A dengue é uma doença que pode causar complicações graves caso sejam usados os medicamentos contraindicados. Eles podem favorecer a ocorrência de episódios hematológicos, como a dengue hemorrágica, e outras complicações”, explica.
A especialista classifica ainda as classes dos analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e até antiparasitários e corticóides como pontos de atenção, já que alguns desses remédios tendem a ser usados para o alívio dos sintomas comuns da doença, como dor e febre.
“Por isso, é sempre importante buscar um profissional para buscar as medicações corretas. A automedicação pode aumentar os riscos de dengue hemorrágica”, completa a especialista.